UMA REFLEXÃO SOBRE
OS TORMENTOS VOLUNTÁRIOS
Uma das
maiores dádivas do Criador à criatura
-- ao lado das reencarnações
sucessivas, que são a possibilidade infinita de refazer os desacertos e de
construir a felicidade -- está no LIVRE ARBÍTRIO.
Na escalada
evolutiva, a Lei Natural (expressão da vontade do Criador) deu ao Ser Hominal
(humano) a possibilidade de ele DECIDIR, sozinho, o que quer, como quer, para
quê quer, e o que fazer com o que adquiriu
-- especialmente quando foi uma
experiência: BOA ou AMARGA!
Mas, muitas
vezes, o Homem transforma essa dádiva (LIVRE PENSAR E LIVRE DECIDIR) em
uma arma atroz, trazendo-lhe sofrimento: pensa o Homem que pode decidir
adquirir o que não está ao seu alcance, o que pertence a terceiros; almeja
acumular mais bens do que necessita, submete-se a futilidades, despreza valores
morais, deturpa os melhores preceitos sociais, avança nos direitos alheios,
quer granjear a qualquer custo respeito (que é temor e não reconhecimento) dos
subalternos e circunstantes.
Enfim, decide
fazer da sua vida uma só objetivo: subir, ganhar, manter a imagem seja a que
custo for.
Tudo decisão
da sua liberdade de agir!
Quando as
graves e funestas conseqüências vêm, coloca culpa em Deus, no próximo, na
incompreensão do mundo e -- se acredita na reencarnação --
debita os reveses ao seu passado desventuroso.
Mas, não é
verdade: se nos for lícito percentualizar, diremos que 90% dos males (aflições)
humanos -- que trazem dor e sofrimento,
verdadeiros TORMENTOS -- derivam de ATOS DO PRESENTE, fruto da
imprudência, da imprevidência, da imperícia, da ganância, do orgulho, da
vaidade, da ambição e dos excessos de toda ordem.
Arruínam-se os
Seres por falta de ordem, de perseverança, pelo seu mau proceder, ou por não
terem sabido limitar seus desejos.
Quantas
doenças teria evitado o Ser não fossem sua intemperança, seus desatinos, suas
agressões ao próprio físico, e, repita-se, os excessos de toda ordem!
EM RESUMO: SÃO
OS TORMENTOS CHAMADOS VOLUNTÁRIOS, que o próprio Ser se impõe -- independentemente
da ordem das coisas naturais, independentemente da vontade do Criador,
independentemente das vidas passadas, independentemente do próximo.
O Ser,
indubitavelmente, é vítima de si mesmo, quando decide usar do LIVRE ARBÍTRIO
contra a ordem natural das coisas.
E
a ordem natural das coisas é estar no Bem, que os Espíritos definiram para
Kardec (Livro dos Espíritos, questão 630, parte 3a., cap. 1) que “é
tudo o que é conforme a lei de deus”, sendo que o MAL é “tudo que lhe é
contrário”, concluindo: “Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de
Deus. Fazer o mal, é infringi-la.” E, adicionamos nós: e assumimos as
conseqüências, como herdeiros de nossas próprias ações!
No próprio
Evangelho temos a história real que podemos tomar por espelho para nossa
conduta: JUDAS DE KERIOTH (Iscariotes), em quem a ganância ou o erro de
avaliação (de arrecadar fundos para suposta causa libertária), que resultou no
que resultou ‑‑ traição, suicídio etc.... além de um futuro espiritual
terrível!
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