DESENCARNES COLETIVOS

CATÁSTROFES, FLAGELOS DESTRUIDORES

 

 

Várias notícias e ocorrências têm movimentado a mídia e sensibilizado a opinião pública em razão de catástrofes e acidentes que têm ceifado vidas coletivamente, derivados de causas diversas:

 

(a) Terremotos, maremotos, ‘tsunamis’ e enchentes, erupções vulcânicas e outros flagelos destruidores naturais: incidentes na natureza e que independem da vontade do homem.

 

(b) Incêndios, quedas de aviões, afundamento de navios, acidentes de trens, veículos coletivos etc.: que dependem ou há intervenção humana.

 

Quanto aos primeiros, sempre existiram; antes do maior resfriamento da crosta terrestre, foram muito maiores; apenas, hoje, que as notícias chegam mais depressa em razão da globalização. Mas, tenderão a diminuir com o passar dos tempos, por duas razões: primeiro, o maior resfriamento da crosta; segundo, porque a matéria acompanhar o desenvolvimento dos Espíritos, transformando o Planeta em orbe de “REGENERAÇÃO”.

 

Quanto aos segundos, derivam da imprudência, imprevidência, excessos de toda ordem, ganância, falta de ordem e mau comportamento e abuso dos homens, que agridem a natureza, produzem obras de risco, poluem a atmosfera, o meio ambiente, os mares, os rios e, enfim, todos os meios de subsistência, esgotando os recursos naturais; além disso, ainda produzem guerras, estimulam os vícios e o uso das drogas, constroem artefatos destruidores.

 

Em ambos os casos ocorrem conseqüências que induzem a DESENCARNES COLETIVOS.

 

Perguntar-se POR QUE? Onde está a justiça de tais efeitos?

E a resposta tem de ser dividida em partes, em conformidade com as duas CAUSAS e origem de tais conseqüências.

Tudo à luz da DOUTRINA DOS ESPÍRITOS, pois esse é o nosso interesse neste instante, já que temos de seguir a recomendação do uso da lógica e da razão.

 

 

 

 

 

Já se pode adiantar que o assunto necessariamente comporta alguns componentes a serem levados em consideração: A REENCARNAÇÃO, A LEI DO PROGRESSO, A LEI DE DESTRUIÇÃO, A LEI DE AÇÃO E REAÇÃO, bem assim a DE CAUSA E EFEITO.

 

1.     Partamos das segundas causas: a AÇÃO DOS HOMENS.

 

No Livro dos Espíritos, há uma questão interessantíssima, ao tratar da Lei do Progresso, a de n. 783, quando Kardec pergunta aos Espíritos: “Segue sempre marcha progressiva e lenta o aperfeiçoamento da Humanidade?”

Os Espíritos responderam: “HÁ O PROGRESSO REGULAR E LENTO QUE RESULTA DA FORÇA DAS COISAS. QUANDO, PORÉM, UM POVO NÃO PROGRIDE TÃO DEPRESSA QUANTO DEVERA, DEUS O SUJEITA, DE TEMPOS A TEMPOS, A UM ABALO FÍSICO OU MORAL QUE O TRANSFORMA”.

 

Logo (questão 784), a essência da Lei Natural é de que o progresso sempre existe, embora lento e gradual, e que o homem sempre se adianta (assim como a matéria que forma o globo para servir ao progresso dele); porém, quando o mal chega ao excesso, para reprimir os abusos incontornáveis, faz-se necessário repor o BEM para instituir as reformas.

 

Resta claro que os Espíritos se referem que o desenvolvimento INTELECTUAL não basta, embora necessário e útil, mas aliado a um definitivo desenvolvimento MORAL.

 

Há duas causas embutidas nessa ação humana:

(a)       a primeira, é a conseqüência natural IMEDIATA, qual seja a provocação de incidentes destruidores tais como incêndios, enchentes, quedas de pontes, prédios, e até mesmo de aviões, navios etc.;

(b)      a segunda, de causas REMOTAS: quando não há o necessário e natural desenvolvimento, a natureza se incumbe de instituir verdadeiros flagelos, tais como doenças e pestes que ceifam vidas em volumes extraordinários: gripes, ebola, malária, tuberculose, tifo, chagas, e muito recentemente a Aids, e outras doenças infecto-contagiosas.

 

2.     Daí, já podemos passar para o segundo grupo, qual seja OS FLAGELOS NATURAIS e responder, com a lógica dos Espíritos, o porquê produzem efeitos de mortes coletivas.

 

Em primeiro, uma regra geral estampada na questão 737 do Livro dos Espíritos: “Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?” – Resposta: “PARA FAZÊ-LO PROGREDIR MAIS DEPRESSA. JÁ NÃO DISSEMOS SER A DESTRUIÇÃO UMA NECESSIDADE PARA A REGENERAÇÃO MORAL DOS ESPÍRITOS, QUE, EM CADA NOVA EXISTÊNCIA, SOBEM UM DEGRAU NA ESCALA DO APERFEIÇOAMENTO? PRECISO É QUE SEJA VEJA O OBJETIVO, PARA QUE OS RESULTADOS POSSAM SER APRECIADOS. SOMENTE DO VOSSO PONTO DE VISTA PESSOAL OS APRECIAIS; DAÍ VEM QUE OS QUALIFICAIS DE FLAGELOS, POR EFEITO DO PREJUÍZO QUE VOS CAUSAM. ESSAS SUBVERSÕES, PORÉM, SÃO FREQÜENTEMENTE NECESSÁRIAS PARA QUE MAIS PRONTO SE DÊ O ADVENTO DE UMA MELHOR ORDEM DAS COISAS E PAR QUE SE REALIZE EM ALBUNS ANOS O QUE TERIA EXIGIDO MUITOS SÉCULOS”.

 

Logo, estão presentes as causas que alertamos: Relação de Causa e Efeito, Processo Reencarnatório e Lei do Progresso aliada à Lei de Destruição.

 

Mas, há uma aparente justa indignação a propósito dos meios empregados pela Lei Natural: “Para conseguir melhor da Humanidade, não podia
Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores?” (q. 738).

Resposta absolutamente lógica: “PODE E EMPREGA TODOS OS DIAS, POIS QUE DEU A CADA UM OS MEIOS DE PROGREDIR PELO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL. O HOMEM, PORÉM, NÃO SE APROVEITA DESSES MEIOS.”

 

Os homens poderão evitar os flagelos mediante providências e previdências: nas ciências, nas artes, no aperfeiçoamento da agricultura, nos estudos da higiene, da transformação e reciclagem de produtos, no desassoreamento, irrigações, construção de diques, taludes etc.

 

Mas, morrem também inocentes  -- aparentemente! – em tais flagelos... Aí é necessário perquirir do passado de cada um.
Quando a Causa não é encontrada nesta vida, por certo estará em outras, pois, como já se disse, NÃO EXISTE EFEITO SEM CAUSA. E ainda: tais vítimas do presente poderão, com certeza, encontrar larga compensação em outras novas existências, se souberem aproveitar essas situações com serenidade e abnegação (questão 738, letra b).

 

 

 

Tal entendimento completa-se quando os Espíritos aclaram, na questão 737 do Livro dos Espíritos, perante a pergunta “Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos?” – PARA FAZÊ-LA PROGREDIR MAIS DEPRESSA...

 

Os flagelos dão oportunidade ao homem de exercitar a inteligência, de demonstrar a paciência e a resignação perante a Vontade de Deus, provocando aflorar o sentimento de melhoria, de amor ao próximo e de vencer o egoísmo e as más tendências. A solidariedade que surge em tais circunstâncias é evidência dessa melhoria moral.

 

Os MECANISMOS DA JUSTIÇA DIVINA (Leis Naturais/Divinas) não representam castigos, como se pensa, mas de Ação e Reação.

 

OBRAS PÓSTUMAS (Questões e Problemas, As Expiações Coletivas, pg. 215, FEB): Há almas reunidas em desencarnes no mesmo momento temporal, porque possuem vínculos, muitas vezes, datados de épocas anteriores, e as circunstâncias de retorno à vida espiritual estava prevista pela lei de causa e efeito.

Trata-se da universalidade de resultados: criaturas reuniram-se, reúnem-se e se reunirão para atuarem e progredirem juntas, seja para reencarnar, seja para desencarnar. HÁ, PORTANTO, PROVAS COLETIVAS.

 

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Diferentes naturezas das dores no processo evolutivo moral e espiritual – individualmente consideradas... mas, que podem ser coletivas:

 

DOR-EXPIAÇÃO – passado que reflete (vem de dentro para fora)

DOR-AUXÍLIO – intercessão de amigos, prolongadas enfermidades evitando novas quedas (enfarte, trombose, o câncer etc.)

DOR-EVOLUÇÃO – provação que propicia a evolução (de fora para dentro)

 

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à Há um exemplo marcante na literatura espírita: caso do CIRCO DE NITERÓI (Humberto de Campos, Cartas e Crônicas, cap. 29) – cristãos na arena para serem estraçalhadas pelos leões.

 

à Caso dos IRMÃOS GÊMEOS de Uberaba: Pedro e Paulo – séculos sem reencarnar...

 

à Outro caso marcante: Incêndio no Edifício JOELMA (Diálogo com os Vivos, com comentário de Herculano Pires: só a reencarnação pode explicar... (anexo)

 

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CÉU E INFERNO, cap. 7, As penas Futuras:

 

“O ESPÍRITO É SEMPRE O ÁRBITRO DA PRÓPRIA SORTE, PODENDO PROLONGAR OS SOFRIMENTOS PELA PERMANÊNCIA NO MAL, OU SUAVIZÁ-LOS E ANULÁ-LOS PELA PRÁTICA DO BEM.”

 

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“A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS”- Jesus.

 

 

 

SP., 10/05/2010

Francisco Aranda Gabilan

 

 

 

 

 

 

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