EXPRESSÕES EVANGÉLICAS ETERNAS:

“VÓS SOIS DEUSES!”

“AMARÁS O TEU PRÓXIMO...”

“...TAMBÉM FARÁS AS OBRAS QUE EU FAÇO...”

  

Avulta em importância aos aprendizes do Evangelho a origem, o momento e as razões de certas expressões usadas por Jesus, muitas das vezes citadas inconsideradamente, como simples repetição.

        As pérolas anotadas acima são exatamente o caso.

        O que vimos asseverando constantemente é que os Profetas da antiguidade não se cansaram de afirmar-nos coisas eternas a respeito de nós ou do nosso destino, mas, fizemos ouvidos moucos, não quisemos escutar. Mas, Jesus, em sua sabedoria e bondade, veio e repetiu amiúde tais ensinos, a fim de que calassem fundo em nossos corações esses mandamentos, que haviam literalmente “passado em branco” por nós.

        Foi o próprio Cristo que disse que não veio revogar nem destruir a Lei (as leis antigas morais e de evolução espiritual ditadas pela revelação do alto aos profetas), mas, antes o contrário: veio para “dar-lhes cumprimento”...(Mateus, 5:17)

         E o fez diversas vezes, reafirmando o ensino do “alto” trazido pelo profetismo.

         Dessas, sempre escolhemos duas, as mais incisivas:

 

1)    AMARÁS AO TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO” fora dito com todas as letras e aspas pelo Senhor (no caso Yavé, então tomado como Deus) a Moisés, repetindo-lhe as diversas Leis (LEVÍTICO, 19:18), cerca de 1.300 anos antes de Jesus...

 

Jesus, ao seu turno    sempre cumprindo a Lei  ‑, elevou tal recomendação à categoria de “segundo grande mandamento”: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (MATEUS, 22-39), que, junto ao primeiro mandamento, “encerrava a lei e os profetas”.

 

2)    “VÓS SOIS DEUSES”, inspiraram (textualmente) os enviados do Senhor a Davi, aduzindo que Deus repreendia os juizes, afirmando-lhes sua natureza e origem divina. E complementa: “Todavia, como homens, morrereis e caireis como qualquer dos príncipes”. (SALMOS, 82:6-7)[1]. Lindíssimo...e profundamente lógico e verdadeiro, consoante os mais claros ensinos dos Espíritos mais modernamente.

 

ISAÍAS (41:23), o grande Isaías, que Jesus não se cansou de repetir (inclusive na sua primeira aparição pública, dizendo que se cumprira ali a lei, a promessa ‑ as escrituras...), disse: “Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente o veremos”.

 

Aí, Jesus (sempre dando cumprimento cabal ao que de melhor havia na Lei), repetiu consoladoramente: “Não está escrito na vossa lei: Sois deuses?” (JOÃO, 10:34)[2]... E arrematou categoricamente: “a Escritura não pode ser anulada” (10:35).

 

Ou seja: em tal passagem (perguntado se Ele era Deus), Jesus afirma que era efetivamente “deus” como todos nós, como todas as criaturas de Deus, o Criador, na forma como fora afirmado pelo antigo Profeta na velha Lei.

 

(E Paulo, que “não dormia de botinas espirituais”, pregou: “Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus”[3] ‑ ou seja: toda criatura é centelha de Deus, portanto, uma sua parcela; logo, “deuses”).

  

Agora, amigos, quanto à afirmação de Jesus de que poderíamos fazer o que Ele fazia  --  e muito mais!  --, isto está em outro lugar: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim TAMBÉM FARÁ AS OBRAS QUE EU FAÇO E AS FARÁ MAIORES DO QUE ESTAS” -  JOÃO, 14:12.

 


[1] Salmos 82:6 ¶ Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo.
 
[2] João 10:34  Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses..
 
[3] Epístola aos Romanos, 13:1

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